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Classificação: 16 anos
Gênero: Documentário Cênico
Duração: 70 minutos
Local: Ver mapa e endereço abaixo.
Dúvida: WhatsApp 21999605790
Temporada: De 08/04/2017 Ã 30/04/2017
ELES ERAM MUITOS CAVALOS, primeira montagem do Coletivo dos Vagabundos, é uma livre adaptação para os palcos da obra homônima do escritor mineiro Luiz Ruffato.
O livro, que é considerado um dos mais importantes da literatura contemporânea brasileira, narra de forma fragmentada, um dia na cidade de São Paulo. A megalópole não se limita ao lugar comum da “selva de pedra”. São Paulo, a grande protagonista, se apresenta como um grande mosaico composto por gente de diferentes classes sociais e de todos os cantos do Brasil. O Coletivo é formado pelos atores Lucianna Magalhães, Mariz Garcez, Pablo Falcão e Valquíria Oliveira, que vivem diversas personagens e apostam num texto final colaborativo sob a direção artística do ator/diretor Alexandre Lino (Volúpia da Cegueira).
O livro ELES ERAM MUITOS CAVALOS publicado em 2001, recebeu o Troféu APCA e o Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional. É o primeiro romance de Luiz Ruffato, que no momento está nos cinemas com o filme Redemoinho. O longa é uma adaptação do seu livro "O Mundo Inimigo – Inferno Provisório Vol. II" que faz um eco com ELES ERAM MUITOS CAVALOS no que tange ao olhar para o movimento migratório, a questão do pertencimento e o resultado proveniente das escolhas.
Com uma perspectiva documental a montagem é uma investigação dos 69 fragmentos originais da obra homônima mantendo a sua estrutura não linear. O único ele entre eles é o fato de todas as narrativas ocorrerem em um só dia na cidade de São Paulo. Assim como o romance, a peça é uma espécie de retrato, um tributo sobre a cidade de São Paulo. Um panorama sobre a beleza e o caos a que estão imersos esses diversos indivíduos que na multidão passam invisíveis, mas que tem histórias que ecoam no cinza imposto pelo concreto e potencializado pela opção do poder público. ELES ERAM MUITO CAVALOS ecoa também com o trabalho anterior do diretor Alexandre Lino. Se em “Volúpia da Cegueira” a peça falava de uma cegueira que ultrapassa os limites da fisicalidade, nessa nova investigação a cegueira é metáfora do individualismo e urgência a qual nos é imposto o cotidiano para a sobrevivência nos grandes centros urbanos.
É a partir da pesquisa do Teatro Documentário que Lino realiza com a Documental Cia, em trabalhos como Domésticas, O Pastor, Nordestinos e Lady Christiny, que o convite do Coletivo dos Vagabundos se faz irrecusável. Nessa mesma investigação, que chama de Teatro do Pertencimento, que é conduzida a montagem de ELES ERAM MUITOS CAVALOS.
“O romance de Ruffato é repleto de poéticas que me fascinaram, mas traz um traço de crueza observacional, que é uma característica do texto documental que interessa ainda mais”, diz o diretor.
O cenário de Pablo Falcão evocará a megalópole em cinco andaimes de obras que sugerem o sufocamento proporcionado pelos arranha-céus de São Paulo. Em tons de cinza, dialogando com o concreto armado, também é a opção da figurinista Karlla de Luca para compor uma palheta que fala com a realidade atual de uma cidade que foi obrigada a esconder as cores de seus grafites.