Pequenos filmes de Ricardo Chreem (www.ricardochreem.com.br), com cerca de um minuto, serão veiculados na página do facebook da peça. São filmes bem humorados que brincam com a semelhança entre Rita Elmôr e Clarice Lispector. Num deles, por exemplo, a atriz conversa cara a cara com a escritora; em outro, se vê atriz e escritora realizando a mesma ação simultaneamente, mas separadas pelo tempo – uma passa o café no coador e se prepara para trabalhar na máquina de escrever, enquanto outra aciona sua cafeteira ‘Nespresso’ e se senta ao computador. "Misturamos ficção e realidade para falar sobre a relação da atriz com a escritora, relação que se estreitou ainda mais depois que a imagem de uma passou a servir à imagem da outra, e as palavras de uma passaram a servir como linguagem para outra. A vida se transforma numa espécie de metáfora da foto.", afirma Rita Elmôr.
Além dos filmes curtos, Ricardo Chreem vem acompanhando há um ano o dia a dia de Rita, captando material para um longa metragem sobre o processo de criação da peça.
O diretor, ator e roteirista carioca Ricardo Chreem é vencedor de vários prêmios em festivais internacionais de cinema. Seu “Ensaio sobre uma cabeça careca” ganhou como Melhor Documentário na Categoria Drama no Euro Film Festival 2014, na Espanha, e levou o Golden Award de Melhor Fotografia no Documentary and Short International Movie Award Festival 2014. Já em “O que é um ator?” recebeu 3 prêmios de Melhor Documentário, um prêmio de Honra ao Mérito no World Documentary Awards, Melhor Documentário no Documentary International Award e no 3rd Mumbai Shorts International FIlm Festival, além de um prêmio na categoria político-social para seu primeiro curta ,"Eu me recuso ao papel de abajur”, no Euro Film Festival.
Clarice Lispector
Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Chegou ao Brasil em março de 1922, passou a infância na cidade do Recife e em 1937 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito.
Estreou na literatura ainda muito jovem, com o romance "Perto do Coração Selvagem" (1943), que teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em 1944, recém-casada com o diplomata Maury Gurgel Valente, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra. O casal também morou na Inglaterra, Estados Unidos e Suíça. Teve dois filhos, Pedro e Paulo, este último afilhado do escritor Érico Veríssimo. Depois de uma longa estada na Suíça e Estados Unidos, já separada, em 1959, voltou a morar no Rio de Janeiro.
Clarice Lispector começou a colaborar na imprensa em 1942 e, ao longo de toda a vida, nunca se desvinculou totalmente do jornalismo. Trabalhou na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista do Correio da Manhã e realizou diversas entrevistas para a revista Manchete. A autora foi cronista do Jornal do Brasil. Produzidos entre 1967 e 1973, esses textos estão reunidos no volume "A Descoberta do Mundo".
Entre suas obras mais importantes estão a reunião de contos em "A Legião Estrangeira" (1964), "Laços de Família" (1972), os romances "A Paixão Segundo G.H." (1964) e "A Hora da Estrela" (1977).
Clarice Lispector faleceu no Rio de Janeiro no dia 9 de dezembro de 1977.
Rubens Camelo
Rubens Camelo é ator, diretor de teatro e televisão. Sua carreira profissional tem origem no teatro. Em 1981, iniciou formação no Tablado sob a direção de Maria Clara Machado, especializando-se em atuação e direção teatral.
Em, 2012 dirigiu “Mão na Luva”, de Vianinha, inusitada montagem no atelier do artista plástico Daniel Senise. Em 2011 dirigiu Lucio Mauro Filho em “Clichê”, de Marcelo Pedreira, e a instigante montagem de “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, que ficou em cartaz num hotel de alta rotatividade no Centro do Rio de Janeiro.
Entre 1998 a 2009, dedicou-se exclusivamente à TV Globo, onde dirigiu o programa humorístico semanal “Casseta & Planeta”, um dos campeões de audiência da emissora.
Entre 1982 e 1997, trabalhou com importantes diretores, como Aderbal Freire-Filho, Domingos Oliveira, Moacyr Góes, Bernardo Jablonski, Carlos Wilson, Cacá Mourthé, Sura Berditchevsky, Dudu Sandroni e Maria Clara Machado. Merecem destaque os seguintes trabalhos:
•“O Cavalinho Azul”, sob a direção de Cacá Mourthé (2009 e 2010)
•“A Geração Trianon”, direção de Luiz Antônio Pilar e Cristina Bethencourt (2009)
•“Divinas palavras”, de Valle Inclán, dirigido por Moacyr Góes (1998)
•“Amores”, texto e direção de Domingos Oliveira (1997)
•“Turandot”, de Bertold Brecht, sob a direção de Aderbal Freire-Filho (1993)
•“O tiro que mudou a história”, de Carlos Eduardo Novaes, por Aderbal Freire-Filho (1992)
•“Tiradentes”, de Carlos Eduardo Novaes (1991)
•“Médico à força”, de Molière, sob a direção de Pierre Astriè (1991)
•“1789, a Revolução”, de Arianne Mnoushkine, direção de Carlos Wilson (1989)
Em 1982, Rubens recebeu o prêmio Mambembe de Melhor Ator de teatro infantil por “O embarque de Noé”Ì, de Maria Clara Machado, com direção de Toninho Lopes.
Em 1988, foi indicado ao mesmo prêmio, agora na categoria Direção, pelo espetáculo “Infância ou Você vê as crianças na hora do jantar”, de Thornton Wilder. A montagem foi indicada também ao prêmio Coca-Cola nas categorias Direção, Melhor Atriz e Melhor Ator.
Foi diretor assistente de Sura Berditchevsky na livre adaptação de “Peter Pan” (por Neusa Caribé e Sura Berditchevsky), que recebeu o prêmio Molière de Melhor Espetáculo (1990).
Rita Elmôr
No teatro, tem mais de 20 peças no currículo. No início da carreira trabalhou ao lado de atores como Diogo Vilela (“Hamlet”), Nathalia Timberg (“Melanie Klein”) e Beatriz Segall (“Histórias Roubadas”), além de adaptar e interpretar os solos "Teresa D'Ávila, A Santa Descalça", e "Que Mistérios Tem Clarice", com textos de Clarice Lispector (indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz) e "Pai", de Cristina Mutarelli, com direção de Bruce Gomlevsky.
Interpretou Maria Callas em “Orgulhosa Demais, Frágil Demais”; atuou em "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues e direção de Renato Carrera; “A Escola do Escândalo", direção de Miguel Falabella; “A Casa de Bernarda Alba”, de Frederico García Lorca; "Agreste", do premiado autor Newton Moreno, com direção do grupo Amok; e “A Mais forte”, de August Strindberg.
Seu mais recente trabalho na TV foi a novela “Boogie Oogie” (2015/2014), na TV Globo. Antes atuou no seriado “As Canalhas”, no GNT, e na novela “Salve Jorge” na TV Globo. Ainda na TV Globo, fez a personagem bêbada Venetta do seriado "Macho Man" e Anete, a chefe desequilibrada do seriado "Separação!?", ambos com direção de José Alvarenga Junior e texto de Fernanda Young e Alexandre Machado. Foi indicada ao Prêmio Contigo pelos dois trabalhos.
Trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho na microssérie "Capitu" e na minissérie "Os Maias". Atuou ao lado de Leandro Hassum nos filmes "Até Que A Sorte Nos Separe 1" e "Até Que A Sorte Nos Separe 2". No filme "Cilada.com", de Bruno Mazzeo, interpretou um travesti.